Alfredo Portugal da Silveira, já com vários livros editados e com trabalhos, reconhecidos, enquanto escritor/autor de textos teatrais, começou a escrever “Quinhentista” para ser apresentado em palco. O destino, e a força da palavra, modificou a intenção inicial e a peça teatral (devido aos enormes custos para montar uma peça teatral dessa dimensão) acabou por se transformar em peça literária. Uma mais valia...
Aliás, a Chiado Book aceitou, de imediato, a edição e publicação do livro e a Junta de Freguesia de S. Sebastião comparticipou, monetáriamente, com a verba necessária para a sua publicação.
O livro, que deverá estar à venda até final do ano, tem desenho de capa da autoria de Portugal da Silveira (que, imaginando o que seria a apresentação do seu texto em palco, criou o croqui do cenário, que por sua vez foi a imagem escolhida pela Chiado, entre outras apresentadas pela própria editora) e prefácio de José Moreira.
Sobre o tema do livro, Alfredo Portugal da Silveira refere o seguinte: “talvez por sermos um povo, que embora tenha “inventado” o fatídico fado, história cantada das façanhas e atropelos da vida dos portugueses, não deixou de ser otimista, festivo, inventor, desenrascado e acima de tudo um povo que se assume lutador, corajoso, brigão. Gente que não vira a cara às dificuldades do dia a dia. Por tudo isso este livro nasceu, cresceu e tomou o caminho que devia seguir, ser lido”.
“Quinhentista”, sublinha Portugal da Silveira, “começou por ser mais um desafio dramático, mas por isto ou por aquilo, acabou por ser o livro que mais prazer me deu escrever. Deu-me imenso prazer escrever sobre uma das figuras mais enigmáticas da História de Portugal, senti-me um Gil Vicente do século XXI. A narrativa dramática, baseado na aventura quixotesca de D. Sebastião que sonhara, desde muito cedo, com gloriosas façanhas de cavalaria, mas que afinal se resumiram a pequenas pelejas contra os mouros em Marrocos e que terminou pela inesquecível batalha de Alcácer Quibir. Recordei os males de quem manda e dos que indiretamente sofrem, dois dos principais elementos da escrita Vicentina”.